Agrotóxicos já causaram 26 mil casos de intoxicação de pessoas, no Brasil, em 10 anos

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Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2007 e 2017, mais de 26 mil brasileiros apresentaram quadro de contaminação por agrotóxicos no Brasil. A maioria das pessoas teve problemas como diarreia, náuseas, dificuldade para respirar ou alterações sanguíneas. E mais de 1.800 morreram. “Diante de evidências tão sérias dos riscos à saúde que esses produtos oferecem, é urgente mudar esse panorama, reduzindo a presença dessas substâncias progressivamente”, defende o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
O levantamento do Ministério da Saúde indica também que quase a metade (12.915) dos casos registrados de intoxicação por agrotóxicos no Brasil durante o período analisado ocorreu por tentativa de suicídio. E que um pouco mais de 10 mil casos ocorreram por acidente ou por uso habitual. “Para estas duas circunstâncias, o risco de contaminação é tanto para o trabalhador rural, que tem contato direto com a substância, como também para o consumidor final”, explica o Biólogo do CRBio-01. Mas, ao invés de diminuir o uso dessas substâncias, no país vem ocorrendo justamente o contrário. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. E de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2012, dobrou o uso de agrotóxicos no país. Atualmente, tramita no Congresso o Projeto de Lei 6299/02, que trata do registro, fiscalização e controle dos agrotóxicos no país. O texto tem gerado enorme discussão, já que pelo PL os agrotóxicos podem ser liberados para uso antes mesmo dos órgãos reguladores concluírem s

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