Com gestão a PM está mais presente nas ruas de São Mateus

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Tem sido perceptível que alguma coisa no comportamento recente da PM em São Mateus mudou. Para entender melhor o quê, a reportagem conversou com o atual comandante do 38o BPM/M, Major Rogério Calderari que humildemente respondeu que se trata apenas de realizar uma gestão mais eficiente.
Se tempo atrás à reclamação da população era quanto à ausência de visibilidade das viaturas da PM e respectivos policiais, talvez motivada por um número excessivo de viaturas paradas e distribuição irregular de policiais, hoje, parte considerável das queixas foi resolvida.
O major destaca a abnegação de seus comandados e a adoção de focos de trabalho com planejamento estratégico como elementos que ajudaram a melhorar a atuação. Dá como exemplo a tática de colocar as viaturas por mais tempo e com maior presença nos locais onde os índices de ocorrências de crimes sinalizem crescimento. O resultado mínimo é que cria dificuldades para novas ocorrências de crimes.
Além de distribuírem viaturas e policiais nesses locais apontados pelos índices, são levadas em consideração para ter essa presença mais ostensiva, os locais indicados pelas matérias da imprensa e os que os conselhos de segurança indicam realmente necessários. “Estamos colocando as viaturas e primando por ficar mais tempo estacionados nos locais onde os problemas estão acontecendo e onde a população está mais carente de segurança. Se não conseguimos prender o meliante que ainda não sabemos na ocasião quem é pelo menos constrangemos a ação”, explica.
Com base na legislação hoje disponível a companhia da PM também tem conseguido acabar ou diminuir significativamente a ocorrência dos bailes funks que eram realizados com milhares de pessoas. “Hoje temos ocorrências menores, às vezes várias, simultaneamente, aos finais de semana de um veículo ou outro escutar som em alto volume em desacordo com a lei. Se isso vem se repetindo e a população denuncia, costumamos agir até uma semana depois e se, de fato, estiver acontecendo podemos autuar veículo e proprietário, a depender do caso com multas que podem chegar a R$ 5 Mil e apreensão do veículo. Tem dado certo”, diz.
Mais contato com a população
A mudança que a população tem percebido também tem a ver com a orientação de comando para que as viaturas quando circulando passem mais devagar. “É para ser vista. As pessoas tem que ver e sentir a presença da PM no local”. Além disso, também se percebe que os soldados da PM têm parado para conversar com um e outro membro da comunidade, ou seja, feito contatos com as pessoas de forma bem diferente das abordagens em suspeitos.
O major explica que são abordagens diferentes. Obviamente que sim. Esses contatos com não suspeitos é para se colocar a disposição e também ter mais informações sobre o que acontece nas comunidades de forma a poder prevenir e atuar. Para o major esse contato ajuda a segurança a se inteirar de especificidades de um local onde residem, trabalham ou circulam mais de um milhão de pessoas.
O comandante ainda explicou que a companhia fará parte de ações planejadas e construídas em comum acordo com a Prefeitura Regional de São Mateus. Esse compromisso foi construído em conversa com o prefeito regional Fernando Elias de Mello para que ações pontuais ou rotineiras fossem feitas em conjunto com cada instância _prefeitura e segurança_ cumprindo sua parte. Outra ação em curso diz respeito à atuação preventiva e reativa no entorno do Terminal de ônibus de São Mateus, local de muitas ocorrências que agora vem diminuindo.
Novas ações
Na reunião com o prefeito regional ficou acertado ações comuns nos casos de invasões de terra, dos ambulantes irregulares e de um desejo da PM em mudar alguma coisa na praça de São Mateus. “Nossa ideia que falamos ao prefeito regional é de revitalizar a praça colocando uma base da PM ali junto com pista de skate e outros equipamentos que possam ser utilizados pelas comunidades. Algo semelhante ao que existe hoje na Praça Roosevelt, centro de São Paulo. No nosso caso teríamos os equipamentos e uma base estratégica da PM”.
Segundo o major, o prefeito regional foi favorável à ideia. O major também acha que é do interesse dos comerciantes no entorno daquele local. Do ponto de vista estratégico e logístico em segurança o local com acesso a várias vias importantes.
Outra lembrança oportuna é a expectativa de que essa revitalização possa ser feita dentro do pacote de compensações previstas pela construção do monotrilho, o que significa sem custo direto para a municipalidade e para a secretaria de segurança do governo do Estado. Assegurar essa compensação, entretanto é outra empreitada!

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