Das cinzas do sinistro 2017, que 2018 seja melhor

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Não é da situação política e econômica exatamente que vou tratar aqui, mas não tem como deixar de registrar que a situação está sinistra.
O ano que vai se findando foi um dos mais difíceis nesse período recente. Esse ano de 2017 se revelou diferente porque trouxe consigo acontecimentos nunca antes vistos. Cada qual entende de uma forma; uns acham que o impedimento da Dilma em 2016, com consequências em 2017 a situação melhorou. Outros acham que piorou. Outros ainda não acham nada porque sequer acordaram de seus sonos alienados e profundos.
Mas foi sinistro mesmo, se levarmos em conta que a maioria da população, dos trabalhadores, dos estudantes, das donas de casas, dos empregados assalariados, dos desempregados etc., ou seja, todos aqueles que não têm os meios de produção, portanto não são os capitalistas; nem especuladores financeiros, os tais investidores que fazem dinheiro se tornar mais dinheiro estão sendo ferrados sem dó.
O governo Michel Temer (PMDB-SP) trouxe a tona um saco de maldades nunca visto. Faz uma campanha com muito dinheiro nosso no congresso para que se aprovem as leis que autorizam as maldades serem praticadas.
Só dois aspectos importantes: primeiro a tal da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, conquistada a duras penas virou coisa do passado; as parcas e frágeis estabilidades e garantias trabalhistas deram lugar às relações de trabalho onde a mão-de-obra pode ser utilizada somente quando necessária, o tal trabalho intermitente. O trabalhador que estiver e muitos estarão mais dias menos dias nessa situação, não terá sequer como programar qualquer compromisso de médio e longo prazo porque nunca saberá qual será o seu ganho ao final do mês.
Segundo a assistência social, o desmonte do sistema único de Saúde, a truculência policial junto aos movimentos sociais, a censura, a criminalização das reivindicações completam, mas não finda, um quadro desolador que vai tornar esse país, segundo colocado entre os países de gente mais sem noção do mundo, o primeiro. Vergonha nível máximo.
Feita essas curtas e concisas considerações, muitas das quais desenvolvemos ao longo desses anos, o jornal que você tem em mãos completará em janeiro próximo, de um próximo ano que espero mais justo e igualitário, 25 anos de atividade ininterrupta mesmo diante das imensuráveis dificuldades de toda ordem porque passou.
Gostamos de lembrar sempre essas datas, pra tentar demonstrar aos que nos acompanham que a luta, a insistência, a competência, as eventuais correções de rumo em busca do bem comum é sempre uma tarefa meritória, honrosa.
Gostamos de lembrar também que a identidade do jornal que é resultado de muito esforço de sua diminuta equipe se confunde quase sempre com o anseio pela solução dos problemas macro, nacionais e principalmente os locais de nossas comunidades.
Gostamos ainda de lembrar que essa longa trajetória procura demonstrar que quando a finalidade é um ato de cidadania os esforços valem a pena.
Gostamos, por fim, de lembrar essa data para eventualmente estar servindo de exemplo para um ou outro para que saibamos sempre que viver em comunidade é assumir responsabilidades cívicas, cidadãs, sociais e produtivas.
Que 2018 nos seja menos trágicos. Bom Natal e Feliz e próspero 2018. (LM)

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