Delegado Seccional Mestre Jr fala sobre atendimento na região

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Nesta semana a reportagem da GSM conversou na delegacia de polícia da Teotônio Vilela com o delegado Antônio Mestre Jr., da 8ª Seccional da Polícia Civil do Estado de São Paulo que tem sob sua responsabilidade 08 delegacias espalhadas por São Mateus e distritos vizinhos da zona leste e ouviu do titular que a Polícia Civil recorre principalmente as horas extras remuneradas dos profissionais que se prontificam a trabalhar em suas folgas para manter o ritmo dos atendimentos.
“Tem funcionando a contento, diante da escassez de pessoal que só podem assumir funções passando por concurso público para a carreira e que por questionamentos judiciais por parte de concorrentes interessados são demorados, quando não adiados”, adiantou.
Segundo informou o gerenciamento e a fiscalização dessa atividade extra, desenvolvida por profissionais que já trabalham nos respectivos equipamentos, é do delegado titular que afere horários, entrada, saída e o rendimento desse trabalho. Não só o serviço interno e próprio da delegacia se mantém sem atrasos além do necessário, como também as próprias diligências externas pontuais da investigação são feitas.
Mestrinho frisa que a adoção desse bico é regular e tem normas específicas da Secretaria de Segurança. É adotada de forma idêntica em todas as seccionais ou delegacias que precisam desse reforço, portanto, não é um improviso; veio para tentar suprir a carência de pessoal aprovado em concurso público e que já tenham se preparado através da academia de Polícia que é parte do protocolo da carreira do policial.
Lembrado pela reportagem sobre o senso comum das pessoas que já mesmo antes de se dirigirem a uma delegacia local é de que o atendimento será demorado, Mestrinho explica que na maioria esmagadora dos casos é por falta de informação. “O munícipe precisa saber usar mais e melhor os recursos do Boletim Eletrônico feito pela internet, sem necessidade da presença em delegacia, para uma séria de assuntos e ocorrências corriqueiras”, indica.
O delegado titular garante que o sistema on line tem o mesmo valor e efeito do boletim registrado presencialmente, mesmo porque durante a alimentação do boletim eletrônico é simultaneamente transmitida para a delegacia da região, para central de polícia, para a Secretaria, enfim todos os canais da área de segurança em forma de rede. “Estamos nos valendo de diárias especiais para reforçar os plantões melhorando o atendimento. O trabalho é voluntário, o policial servidor usa seu tempo de descanso para ganhar um extra; é por isso que estamos conseguindo aliviar a pressão nas delegacias locais”.
O que pode parecer moroso na delegacia presencial tem mais a ver com o sistema pela internet que é usado nesses registros. “O registro on line que estiver sendo feito por um servidor policial naquele instante não pode ser interrompido para retomar depois, isso dá uma sensação de demora. Por vezes temos dois ou três terminais de computador sendo usados e a chegada de um flagrante, por exemplo, tem que aguardar a liberação de um desses terminais”, explica.
E de fato o flagrante é mais demorado porque tem que considerar peças obrigatórias, ouvir as partes, qualificação, individualização para acompanhar o flagrante e tudo registrado via computador. Além desses termos circunstanciados, inquérito são tudo on line e acessado pela rede de forma instantânea. É possível controlar em tempo real as providências pela Defensoria, pela corregedoria e por essas instâncias citadas.
Região menos violenta, afirma delegado
Durante a entrevista Mestrinho disse que os crimes contra a vida na região estão menores e em queda. “Nosso problema maior é com furto e roubo; contra o patrimônio, principalmente os furtos de celulares que tem comércio rápido e é mais fácil do que roubar ou furtar um carro”. Assaltos com violência são menos da metade das ocorrências diz e reafirma que estão ocorrendo várias prisões. Para Mestrinho a aglomeração comercial, os pontos de ônibus, áreas de concentração e circulação de pessoas são os locais para os furtos, levando em conta que as viaturas policiais têm dificuldade para circular com agilidade em áreas de transito intenso.
Com relação ao número de veículos são encontrados mais de 70% deles em função de serem logo abandonados depois de roubados. Nem todos são para desmanches, e sim para extrair alguns objetos e abandonar o carro em local ermo. Segundo o delegado em dois anos foi reduzido em 50% o número médio de carros roubados.
Voltando ao expediente das delegacias o delegado reafirma que enquanto não vêm os novos funcionários vão trabalhando como podem, usando do expediente das horas extras citadas e a utilização de delegados no período noturno que possam acompanhar simultaneamente a mais de uma unidade sem prejuízo do serviço. De qualquer forma mesmo com a ausência de um delegado plantonista, as delegacias têm policiais aptos para dar o atendimento que for necessário ou providenciar o que faltar.
Ou seja, as delegacias não fecham, sempre tem que ter gente. “Se for urgente e grave localizam o delegado responsável e esse é deslocado tanto quanto for necessário. Um estudo de ocorrências indica que nem sempre o delegado plantonista precisa estar exatamente naquele local, mas se se fizer necessário te que estar nas proximidades”, explica.
Findando a conversa o delegado titular reafirma a necessidade do fortalecimento dos laços familiares, comunitários entre os moradores de uma mesma região que precisam olhar para o entorno também como a extensão de seus lares e cuidar dele. “Devem estar atentos a zelar pelas crianças, pelo espaço público, pelo uso correto dos recursos, com os cuidados ambientais, com a redução, a reciclagem enfim, tem que levar uma vida respeitosa e harmônica, cuidando do bem comum e zelar pelo que é de todos”.
“Famílias fortes, estruturadas, comunidade forte, democracia participativa forte o resto é consequência” é parte da receita indica. (LM/JMN)

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