Desta vida não quero levar muita coisa

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Separei a bagagem da saudade pra quando sentir mais frio poder me aquecer as boas lembranças.
Separei outra, com os aprendizados do tempo, com as lições que muitas vezes tive que reler refazer e repetir.
Em outra, ficam os pertences da alma, do amor profundo que abracei com o coração feito laço que não se dissolve, fica o acolhimento das pessoas que realmente souberam estar comigo. Ficam as coisas que reconstruí as coisas que me mostraram e demonstraram que valia a pena seguir em frente sem me martirizar pelo que não aconteceu.
Na verdade, os Planos não são meus. São empréstimos da vida feito pacto com o alto, com a aprovação de Deus.
Ficam as músicas, as letras, os rascunhos e a dedicação de estar mais feliz. Ficam os bons, os que amparam e nada cobram. Ficam os aconchegos os sorrisos e os aprendizados que souberam elevar o espírito.
Fica a porta que se abriu para o etéreo e as conversas mais silenciosas entre os dois planos.
Desta vida quero o necessário. Sem bagagem aparente, levo o suficiente.
Existem flores pra perfumar o ar existem os sinais que a vida emana. Existe uma paz que não se compra, mas, se batalha por ela.
Basta acreditar que ela chegará. Desta vida só quero quitar um pouco dos meus débitos e sentir que minha missão não foi em vão…
Nas escrituras do tempo, assinei e arquei com as consequências de tudo que escolhi.
Por Sil Guidorizzi

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