Mulheres cobram maior participação na política

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A reduzida representatividade feminina nas instâncias políticas do Brasil foi uma das questões centrais abordadas durante a Roda de Conversa realizada na quinta-feira, dia 14 de julho, no Teatro Heleny Guariba, região central da cidade.
“Apesar de sermos 52 milhões de mulheres, a representatividade feminina é de apenas 8% na Câmara Federal, 10% na Assembleia Legislativa e de 10% na Câmara Municipal. Precisamos ter voz nesses espaços para mudar a realidade machista”, comentou a advogada e fundadora da Rede Feminista de Juristas, Marina Ganzarolli. “O governo de Dilma tinha 11 ministras e o atual interino acabou com a participação feminina”.
Organizada pelo mandato da vereadora Juliana Cardoso, o evento teve a participação de mais de 100 pessoas, sobretudo mulheres, que defenderam a maior participação feminina na política como forma de conquista da autonomia das mulheres. Na abertura Dulce Muniz, atriz, dramaturga e diretora teatral, fez uma breve saudação de boas vindas para as participantes e puxou o coro “Fora Temer”.
Outras questões que dominaram as conversas foi a discriminação que as comunidades LGTB sofrem com atitudes de ódio e a violência policial contra os jovens na periferia. “Somente neste ano tivemos 168 assassinatos contra esses dois segmentos no Brasil”, afirmou a rapper lésbica, negra e feminista, Luana Hansen.
Também fizeram intervenções Anke Riedel, da Casa Ângela, que enfocou a luta pelo parto humanizado e Nalu Faria, da Marcha Mundial de Mulheres que destacou a histórica luta das mulheres da periferia por melhorias. Luciana Borges, da secretaria de mulheres do PT Municipal , chamou a atenção para a discriminação contra as mulheres negras. A secretária de Políticas para as Mulheres, Denise Dau também participou do debate que foi mediado por Mariana Mazzini.
No encerramento, a vereadora Juliana Cardoso relatou a experiência na Câmara Municipal durante a votação no ano passado do Plano Municipal de Educação, quando se posicionou contra a retirada das menções de respeito ao gênero. “Nunca imaginei que numa cidade dita tão desenvolvida poderia enfrentar tamanho preconceito e ódio”, disse.

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