A negligência dos governos cada um a sua moda

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Por causa do risco de ocorrência de febre amarela em algumas regiões que tem mata na cidade de São Paulo o Parque do Carmo, um deles, foi fechado pela prefeitura. Nem dá para chamar isso de prevenção que é outra coisa bem diferente. Fecha o acesso, afasta o munícipe do seu espaço e ninguém sai picado; fácil demais.
Para ver a situação de perto, no dia 04 de março domingo o ex-deputado estadual Adriano Diogo acompanhou a reportagem pelas matas do Parque do Carmo e do SESC Itaquera, instalados na APA do Carmo. Encontramos o Parque do Carmo fechado e o SESC Itaquera funcionado com algumas restrições.
A Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Paulo, diante da possibilidade de ocorrência de febre amarela, fez detonar uma ampla campanha de vacinação que criou muita confusão no seu início e simultaneamente fechou os espaços verdes.
Ocorre que o Parque do Carmo é uma das poucas opções democráticas de lazer para os moradores da zona leste. Aos finais de semana são milhares de pessoas que usufruem como podem daquele espaço. Até quando ficará fechado não se sabe ao certo; isso porque não se faz o trabalho de prevenção sanitária com acompanhamento epidemiológico das ocorrências das doenças, nem da manutenção e limpeza dos espaços públicos.
Desse descuido, principalmente pelo abandono com acumulo de lixo, inservíveis e sujeira esses espaços servem de criadouro de mosquitos que transmitem principalmente a dengue e a Chicungunha, mas que a depender da existência de focos de febre amarela, também.
É basicamente por essas negligências do poder público; do governo estadual do ponto de vista do monitoramento epidemiológico e da prevenção da ocorrência de doenças e por parte da prefeitura com a falta de manutenção dos locais que se tem a raiz dos problemas entende, Adriano Diogo, que já foi secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo em gestões passadas.
Para comprovar o raciocínio Adriano questiona porque tanto a usina de compostagem quanto o aterro sanitário existentes no local e fechado anos atrás continuam abandonados sem nenhum tipo de manutenção.
O fato é que tanto a usina de compostagem como o aterro sanitário demanda muito tempo de acompanhamento para tentar diminuir os impactos ambientais, principalmente no solo. Apesar do aterro não estar em uso à produção do chorume é continua, afinal, como diz o ex-secretário tratam-se de organismos vivos que leva um bom tempo para serem remediados.
A negligência dos governos, cada um a sua moda, força a que se adotem soluções que prejudicam a população. Ao invés de cuidar e evitar a proliferação de vetores nos parques públicos abandonados simplesmente os fecham.

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