O Jiu Jitsu do Mãos Fortes na Fazenda da Juta

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“Eles não tinham motivação, eram apenas curiosos… hoje vemos meninos e meninas mais determinados, estudiosos, mais focados e obedientes. A arte marcial trás isso além de concentração e controle. Hoje é possível ver esse progresso”.

Funcionando desde janeiro, o projeto Mãos Fortes já tirou 30 crianças entre 06 e 16 anos da ociosidade com o estudo e a prática das artes marciais uma vez por semana. A ideia de ensinar Jiu Jitsu para essa faixa etária, principalmente composta de crianças carentes da Fazenda da Juta IV, foi do instrutor Haroldo Rodrigues da Silva que conseguiu a colaboração da Escola Fazenda da Juta IV que cede parte do espaço do equipamento para o seu funcionamento aos domingos pela manhã.
Haroldo que também é bacharel em Direito faz parte de uma equipe de dezoito pessoas onde quatro são instrutores devidamente orientados por Wagner Curió que já foi inclusive campeão mundial, na modalidade. Haroldo, ele próprio, já foi vice-campeão paulista de Jiu Jitsu.
O projeto iniciou mesmo em outro espaço anteriormente cedido pelo telecentro instalado no bairro, mas que devido ao seu tamanho não comportava adequadamente a prática. Para viabilizar o funcionamento no espaço da escola, Haroldo e parte da equipe visitaram famílias, de porta em porta, falando com pais e responsáveis sobre o projeto. Inicialmente contaram com adesão de apenas 20 crianças; agora quatro meses depois já são 30. O projeto tem possibilidades de ampliação controlada.
Com 40 dias de funcionamento Haroldo destaca o progresso e a mudança que já pode ser sentida nas crianças e adolescentes. Se no início eles chegaram sem foco, sem estímulo e motivação, dispersos e em alguns casos indisciplinados, hoje já é perceptível que cresceram e melhoraram em todos esses aspectos. A participação dos pais tem sido importante e crescente também, destaca Haroldo. São eles que levam, em geral acompanham ou buscam os participantes ao final do encontro dominical.
A dinâmica do dia é composta de trinta minutos de conversa sobre a atualidade, sobre a prevenção e o prejuízo no uso de drogas, os benefícios da boa alimentação, a importância de ser educado e o estimulo para que busquem, no futuro, ser alguém na vida. Depois algum condicionamento físico com orientação de professor de educação física, alguma teoria e a prática da arte marcial.
Segundo Haroldo, até mesmo as dificuldades de algumas famílias em prover os quimonos para seus filhos são resolvidas com o rateio do custo da vestimenta e outros equipamentos, como o tatame, entre os colaboradores.
Para quem quiser conhecer e contribuir com o projeto, basta comparecer na Escola Fazenda da Juta IV, na Rua Alaleone, s/n aos domingos pela manhã ou ter maiores informações com Haroldo, através do telefone (11) 955524870. “Estamos atrás de mais parceiros sim. Poderão ser mais pessoas envolvidas nesse esforço que tem se mostrado gratificante. Além disso, as crianças quando observadas se mostram mais receptivas e motivadas, tentando mostrar o seu melhor em todos os aspectos”, observa.
O projeto busca ir mais longe. De acordo com o progresso dos alunos, poderão ocorrer graduações que são oficializadas pelo coordenador. A ideia é que os alunos graduados possam participar de competições caso assim o desejem e tenham a autorização dos pais.

2 comments

  1. Edson 22 abril, 2015 at 15:57 Responder

    Haroldo é um amigo pessoal e um grande ativista dos direitos de integração social das nossas crianças do Fazenda do Juta. Apoio o projeto e parabenizo a todos os colaboradores que de forma voluntária contribui para a melhoria de vida das nossas crianças.

  2. Edson 22 abril, 2015 at 15:57 Responder

    Haroldo é um amigo pessoal e um grande ativista dos direitos de integração social das nossas crianças do Fazenda do Juta. Apoio o projeto e parabenizo a todos os colaboradores que de forma voluntária contribui para a melhoria de vida das nossas crianças.

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