Secretário de Segurança defende ação da PM-SP contra manifestantes

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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, referendou o discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e disse que não houve equívoco na atuação da Polícia Militar na manifestação contra aumento das tarifas de transporte coletivo na última sexta-feira, 9. Questionado pelo Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, sobre os relatos de jornalistas e manifestantes presentes de que a polícia encurralou as pessoas com bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio, Moraes disse ter acompanhado a manifestação por imagens na central da polícia e negou tal tática.

“É muito claro, se vocês revirem as imagens, o momento em que começa a desordem. É um grupo na subida da Consolação, na altura do cemitério. Esse grupo começa a andar mais devagar, vira e começa a andar contra o fluxo da própria manifestação. Ele claramente não estava se manifestando, era um grupo de baderneiros”, disse Moraes. “Temos que separar o que são manifestantes, e os manifestantes têm total liberdade de expressão, do que são baderneiros e criminosos que se infiltram claramente”, completou.

O secretário foi também questionado sobre acusações de que policiais poderiam estar se passando por black blocs para provocar tumulto nas manifestações e negou enfaticamente tal possibilidade. “Não há nenhum indício disso”, afirmou.

Sobre a página do Facebook da PM ter sido usada por policiais para criticar black blocs e compará-los ao PCC, o secretário também repetiu a mensagem do governo estadual de condenar tal prática. “Determinamos que fosse retirado do Facebook da Polícia Militar. Qualquer opinião pessoal de um policial deve ser colocada no Facebook próprio dessa pessoa. No Facebook institucional serão colocados dados e informações objetivas.”

Moraes informou que se reunirá nesta tarde com o comando da PM para planejar a ação de acompanhamento do novo protesto agendado para esta sexta-feira pelo Movimento Passe Livre, com apoio de outras associações. Na semana passada, as lideranças dos movimentos foram chamadas para uma reunião com a polícia mas não compareceram. Moraes não falou da ausência deles na semana passada, mas ressaltou a importância dessa cooperação. “É necessário e a Constituição determina que se fale o trajeto da manifestação exatamente para que haja o planejamento para garantir a segurança dos manifestantes.”

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