Secretário diz que vai se empenhar em equacionar a poluição do Polo

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Dias após as exposições feitas na região de São Mateus pela endocrinologista Dra. Maria Ângela Zacarelli que pesquisa os efeitos da poluição das indústrias do Polo Químico há 28 anos, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido recebeu para reunião solicitada pelo ex-deputado Adriano Diogo além da própria pesquisadora, uma comissão composta de lideranças locais e a vereadora Juliana Cardoso (PT/SP) e sensibilizado com a exposição dos problemas deverá leva-lo até mesmo ao conhecimento do prefeito Bruno Covas (PSDB/SP). O encontro ocorreu na sede da secretaria, centro de São Paulo, no dia 21.
O ex-deputado e atualmente candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa propôs e foi atendido dividir a reunião em dois momentos; um para apresentação da pesquisa e dos dados consolidadas sobre as doenças advindas da poluição e outro para encaminhamentos e foi prontamente aceito.
Um pouco antes Adriano Diogo expos algumas iniciativas que estão em curso em cidades como Santo André, por exemplo, que junto com Mauá e São Paulo sofre em parte de seus territórios os efeitos deletérios do funcionamento do polo já indicando que será preciso encorpar e fortalecer esses esforços para buscar saídas possíveis mesmo que parciais para a situação.
A exposição da Dra. Maria Angela com dados, pesquisas e argumentos incontestáveis foi o suficiente para chamar a atenção do secretário e de seu corpo técnico para a gravidade do problema e a necessidade de articular esforços conjuntos entre secretarias da Prefeitura e delas com secretarias das outras cidades envolvidas, do Governo do Estado e até mesmo de ministérios que teriam interlocução com o assunto para equacionar soluções ou remediação da situação.
Aparentemente, pelo que foi percebido na reunião pode se estar às vésperas de uma abordagem mais consistente por parte do poder público quanto ao problema que aflige centenas e centenas de famílias que nos três municípios residem no entorno do Polo Petroquímico.
A situação é tão premente, mesmo porque existe iniciativas das industrias do polo na ampliação de suas atividades com intervenções muita sérias no tecido urbano e suas consequências que Edson Aparecido vai levar ao conhecimento do prefeito Bruno Covas que, alias, já foi secretário municipal de Meio Ambiente, pasta que tem muito a ver com o assunto. O secretário ainda disse que a partir da semana seguinte estará envolvido nesse esforço de equacionar junto com a comissão, o ex-parlamentar e a vereadora a melhor forma de tratar e enfrentar os problemas registrando inclusive que as próprias industrias ou a sua representação terá que participar desse equacionamento.
Briga de cachorro grande. Nada mais que Petrobrás e Braskem, da Odebrecht fazem parte do polo petroquímico.
Entre o corpo técnico presente a reunião havia aqueles que enfrentaram tempos atrás uma situação pontual com uma empresa do ramo do petróleo em um bairro da zona leste de São Paulo. Estes consideraram que poderia haver alguma semelhança com o caso citado, só que desta vez em proporções muito maiores e mais agressivas para a saúde humana. Nessa ocasião, lembra Adriano enquanto promotores tentavam provar a responsabilidade da empresa, especialistas contratados por esta fizeram com muito afinco esforços para desmoralizar as acusações. Desconfia-se, com alguma razão, que esse esforço de defesa das atividades do polo da maneira que é, seja muito mais intenso.
Parece que a partir desse convencimento, do secretário da Saúde, os novos episódios promete. Vai depender muito de como o poder público; na perspectiva do envolvimento em nível municipal, estadual, federal e de áreas do judiciário e dos legislativos se empenharem e não esmorecer. As comunidades não tem como escapar do que acontece e o polo do que produz. Quanto as provas de que a poluição do povo afeta a saúde, os 28 anos de estudo da pesquisadora, amparada por outros tantos pesquisadores não tem como serem contestadas. Briga de cachorro grande. (JMN)

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