Solidariedade social contra a desigualdade

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São Paulo é uma cidade rica, mas desigual. Aqui tem gente morando com todo conforto, mas muitos vivem em situação de miséria ou em bairros sem urbanização.

Não faltam indicadores apontando o tamanho da desigualdade em São Paulo e como ela é fatal. Na Cidade Tiradentes, a idade média com que as pessoas morrem é de 57 anos. Em Moema, são 80 anos. Na pandemia do coronavírus, as comunidades periféricas lideram o ranking de óbitos pelo Covid-19. Mais de dois milhões de paulistanos habitam favelas e quase 25 mil estão em situação de rua.

Apresentei um projeto (PL 518/20) criando o Fundo Municipal de Combate à Desigualdade, com o objetivo de elevar o orçamento público para atender as demandas que superem a situação de desigualdade.

Vamos aumentar a taxação sobre os milionários da cidade, os super-ricos, que recolhem pouco IPTU de suas casas. Estamos falando de donos de imóveis de R$ 15/20 milhões e que pagam o mesmo imposto de um cidadão de classe média ou de um trabalhador, já que a última faixa de cobrança do IPTU é para imóveis até R$ 1,2 milhão de valor venal.

Esse recurso novo é para financiar políticas de redução da desigualdade, como iniciativas de geração de emprego e renda, ações culturais, esportivas e educacionais para os jovens da periferia e incentivo a políticas de desenvolvimento social, entre outras medidas.

Queremos, assim, iniciar um processo de solidariedade social em São Paulo, no qual os super-ricos possam dar uma contribuição maior para a construção de uma cidade mais humana, justa, solidária, democrática e menos desigual.

Antonio Donato, é Administrador de Empresas e vereador do PT em São Paulo

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