A SAÚDE MENTAL COLETIVA E AS ELEIÇÕES – ENTENDIMENTO E RESPEITO MÚTUO

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Estamos caminhando para o meio do ano e é bom começarmos a refletir um pouco sobre a questão das eleições que ocorrem em outubro deste ano. Vão ser eleitos cargos majoritários, o principal de todos é o presidente da República, os governadores de cada estado do país, e deputados federais e estaduais.
Com certeza, vai ser importante, e necessário, falarmos a respeito das eleições e da responsabilidade que todos temos na hora de votar. Mas é como terapeuta que quero conversar primeiro. Sim, porque desde as últimas eleições que os ânimos passaram a ficar cada vez mais acirrados. De tal maneira que até mesmo membros familiares começaram a se desentender e pararam de falar uns com os outros.

Não tem cabimento pai parar de falar com filho por esse tipo de situação, ou amigos se degladiarem por causa de questões políticas que, por mais difíceis que sejam, sempre são passageiras, para bem ou para mal. Mas as relações familiares e de amizade, não.

A preocupação é enorme e não é por acaso, já que as últimas eleições intensificaram a propagação de notícias alarmistas, que acabaram por fazer crescer de forma descontrolada as falsas notícias, batizadas de ‘’fake news’’ que, uma vez colocadas na rede, espalham a ‘’notícia’’ velozmente, de forma descontrolada.

Considero importante alertarmos para essas questões porque elas impactam e muito as relações humanas. Estamos fazendo um paralelo entre o comportamento das pessoas e as questões eleitorais e políticas porque, assim como futebol e religião, é um assunto que pega fogo entre as pessoas. E por trás de um discurso de ódio e intolerância entre os diferentes, ali revela-se uma questão endêmica, mais preocupante, e que está ligada diretamente a saúde mental e coletiva das pessoas.

Estamos aqui falando sempre de respeito ao próximo, da violência de gênero que atinge principalmente a mulher, e de uma série de preconceitos que ainda são muito arraigados entre nós. Para que haja igualdade entre as pessoas em geral, é preciso primeiro passar pelo respeito, a compreensão e a tolerância. Se eu votei nesse ou naquele candidato e você em outros, isso não deve nos colocar em posições opostas como se estivéssemos num ringue de luta.

Cada um assume as suas responsabilidades pelas escolhas que faz e isso tem que ser respeitado. E um dos melhores instrumentos é o diálogo e a exposição livre de ideias, sem querer impor a sua verdade ou vontade em cima do outro que pensa diferente.

A diferença traz uma riqueza de detalhes e mundos que se não se somam, não precisam dividir. E sim, integrar, coexistir, de forma pacífica e respeitosa.

Esse era o recado que queria deixar aqui para juntos refletirmos. Como sempre, essa coluna é um espaço aberto para comentários, opiniões e sugestões. Esperamos você nas nossas redes sociais aqui publicadas e que podem ser acessadas também por esse QR-Code.

Lembre-se que juntos, podemos ser os agentes das mudanças que queremos ver no mundo. Contem comigo!

Por Aline Teixeira

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