Esse primeiro bimestre foi marcado pela notícia mais aguardada no mundo: a chegada das vacinas contra a Covid-19. Uma chama de esperança em meio ao drama da maior crise sanitária e econômica do século. Em março do ano passado, São Paulo, o Brasil e o mundo pararam diante desse vírus desconhecido e altamente contagioso. De lá para cá, mais de 240 mil vidas foram ceifadas apenas em nosso país, além de milhões de contaminados. A pandemia agravou os nossos problemas, trazendo à superfície pobreza e miséria; 60 milhões de brasileiros atualmente enfrentam essa dura situação.
Não há nada mais triste do que um pai ou uma mãe não ter um prato de comida para dar ao filho. Cena que tem se repetido diariamente em nossa cidade, principalmente nas regiões periféricas como a nossa. Há filas quilométricas por uma cesta básica, nas igrejas, associações e outros trabalho ou todo tipo de ajuda, no distrito de São Mateus e em toda a periferia de São Paulo.
Economia
O impacto na economia, tanto nos pequenos quanto nos grandes negócios, tem sido bombástico. Não há um bairro onde não se veja placas com avisos de “passo o ponto” ou “fechado”. A taxa de desocupação chega a 14,6%, o que representa 14,1 milhões de desempregados. No entanto, alguns especialistas falam que esse número pode ser bem maior, em torno de 20 milhões.
Na outra ponta, o repique trazido pela segunda onda da pandemia tem assustado a OMS (Organização Mundial da Saúde), com diversas cidades em todo o mundo voltando a praticar lockdown (fechamento) de estabelecimentos e serviços por determinado período devido ao avanço de casos, sobrecarga do sistema de saúde e surgimento de novas cepas do vírus.
Embora a média diária de mortes por covid-19 no Brasil tenha ficado acima de mil, grande parcela da população insiste em viver como se fosse o último dia de suas vidas, lotando praias, festas clandestinas e desrespeitando as medidas preventivas. Um absurdo! Ainda por cima, a notícia estarrecedora de que alguns enfermeiros estariam simulando a aplicação da vacina em vários locais, felizmente, uma minoria de maus profissionais e aproveitadores em meio a milhões de bons e dedicados profissionais.
Mas apesar da luta contra o vírus, do ainda iniciante e moroso processo de vacinação e dos inúmeros desafios, temos que manter a esperança, o otimismo e a confiança de que falta pouco para que a vida, a economia e as relações, mesmo lentamente, voltem à maior normalidade possível. Juntos, vamos vencer mais essa batalha.
Lucy Mendonça
Jornalista responsável pelo Jornal
Gazeta São Mateus
MTB 43029-SP
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