Quando quem devia nos defender e proteger é aquele que nos silencia

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Em um mundo onde a justiça e a ética deveriam prevalecer, os recentes acontecimentos no Brasil e na Espanha lançam uma sombra perturbadora sobre esses ideais. O caso do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, liberado da prisão na Espanha após pagar fiança milionária, levanta questões alarmantes sobre a integridade do sistema judicial.

Como pode um acusado de um crime tão grave quanto o estupro simplesmente pagar para sair da prisão e poder cumprir tranquilamente a pena em casa? Isso sugere que a justiça pode ser influenciada pelo poder financeiro, pensamento que abala a confiança no sistema legal.

Por outro lado, no Brasil, a prisão de figuras políticas e de segurança pública, acusadas de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu assessor Anderson Gomes há seis anos é um lembrete assustador de que pessoas em posições de poder podem estar envolvidos em atos criminosos contra aqueles que deviam cuidar e proteger.

É trágico que indivíduos que deveriam servir ao povo possam estar por trás de crime tão bárbaro. A associação de figuras públicas com milícias e grupos corruptos é um golpe na confiança da sociedade e alerta da necessidade de vigilância constante.

Ambos os casos destacam a necessidade urgente de uma revisão profunda dos conceitos de justiça e ética. A sociedade deve se unir para lutar contra os abusos cometidos por quem usa o poder para cometer crimes. A impunidade e a corrupção não podem ser toleradas, é essencial que todos exijam transparência e responsabilidade de seus líderes e instituições em geral.

A libertação de Daniel Alves e as prisões relacionadas ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes nos chama a refletir sobre o estado atual de nossa sociedade. É urgente trabalhar incansavelmente para garantir que a justiça prevaleça, independentemente de posição social ou riqueza.

Vale destacar o brilhante trabalho da Polícia Federal e a resiliência das famílias das vítimas e dos movimentos sociais que se mobilizaram por respostas e ações. A indignação é palpável, e a demanda por ações efetivas contra esses grupos poderosos é urgente. Não podemos permitir que milícias e o coronelismo continuem a operar nas sombras, desafiando os princípios da democracia e da segurança pública.

Os dois casos são um alerta para um poder paralelo que ameaça à integridade de nossas instituições. É imperativo que medidas sejam tomadas para desmantelar essas redes de poder e garantir que a justiça reine. A sociedade brasileira merece um sistema onde os responsáveis por crimes sejam responsabilizados, independentemente de status ou influência.

Lucy Mendonça
Jornalista responsável pelo Jornal
Gazeta São Mateus
MTB 43029-SP

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