Dória e Matarazzo disputarão vaga do PSDB em eleição à Prefeitura de SP

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Empresário e vereador estão no segundo turno das prévias do partido.
Eleição foi marcada por confusão; urna foi destruída no Tatuapé.
O empresário e apresentador de TV João Dória Jr. e o vereador Andrea Matarazzo vão disputar em segundo turno a vaga de representante do PSDB nas eleições municipais da capital paulista neste ano. Eles foram os candidatos mais votados nas prévias realizadas no domingo (8) em São Paulo, que foram marcadas por confusão em alguns locais de votação.
João Dória teve 43,13% dos votos, enquando Andrea Matarazzo teve 32,89%. Em terceiro lugar ficou o deputado federal Ricardo Trípoli. O segundo turno será realizado no dia 20 de março.
O resultado só foi divulgado durante a madrugada desta segunda-feira (29) já que a apuração dos votos das 58 zonas eleitorais atrasou bastante. O início da contagem estava previsto para as 17h, mas uma urna de Capela do Socorro demorou para ser levada para a Câmara de São Paulo. A apuração começou, portanto, com mais de três horas de atraso.
Aníbal, que apoia a candidatura do deputado federal Ricardo Trípoli, e Goldman, militante de Andrea Matarazzo, acusam Dória de abuso do poder econômico e de ter cometido crimes eleitorais durante as prévias do partido. Aníbal e Goldman afirmam que o João Dória fez propaganda ilegal, através da distribuição de cavaletes, da boca de urna e do uso de carro de som nas regiões de votação.
Dória rebateu às acusações e negou ter cometido crime eleitoral. “Não tomamos nenhuma medida equivocada. Fizemos absolutamente tudo dentro das regras do partido.” Na avaliação do empresário, a denúncia é manobra política. “O que estão querendo fazer é ganhar no tapetão. Estão vendo que a situação dos nossos dos adversários, que merecem o respeito, mas a situação deles não é boa do ponto de vista da apuração, e querem utilizar o tapetão. Só que o tapetão não vai funcionar aqui. O que vai funcionar aqui é o voto”, disse.
Segundo o vereador Mário Covas Neto, presidente do Diretório Municipal do PSDB, não seria possível analisar o pedido ainda no domingo. “Isso tem que ser deliberado pela executiva. Nós precisamos que o corpo jurídico do diretório faça uma análise sobre as consequências jurídicas desse ato e a gente toma providência”, explicou o presidente. Questionado se havia risco de a eleição ser cancelada, ele respondeu: “De jeito nenhum. Estamos há meses organizando essa eleição.”
Apuração
Mário Covas Neto também revelou que os votos do diretório Zonal do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, não serão contabilizados. A urna eletrônica foi danificada após uma confusão durante a votação.
“Não há como computar esses votos. Porque a urna foi quebrada. Não fizeram votos impressos porque a mesa que presidia os trabalhos não se sentiu segura para continuar”, explicou.
Militantes de pré-candidatos se envolveram em uma briga no diretório. A Polícia Militar foi acionada para conter o tumulto no local, que teria acontecido entre apoiadores do deputado federal Ricardo Tripoli e do empresário João Dória.
O presidente do diretório municipal ainda explicou que alguns votos tiveram que ser analisados caso a caso. Os votos de alguns militantes do partido com pendência no processo de filiação, que não conseguiram regularizam a tempo, foram descartados.
Andrea Matarazzo, João Doria e Ricardo Tripoli (Foto: Letícia Macedo/G1, Divulgação e Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)
Definição
Para ser eleito, o vencedor terá que receber mais de 50% dos votos. Caso isso não ocorra, será realizado um segundo turno das prévias, com data marcada para 20 de março, com os dois candidatos mais votados.
Matarazzo é apoiado por nomes como o senador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A escolha de Tripoli é apoiada pelo deputado federal Bruno Covas e pelo presidente do Instituto Teotônio Vilela e ex- secretário estadual de Energia, José Aníbal. Já Dória tem o apoio do governador Geraldo Alckmin.
Do G1 São Paulo
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