Hortência faz 60 anos: relembre a trajetória de conquistas e marcas da Rainha do basquete brasileiro

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Maior cestinha da seleção feminina, com 3.160 pontos, ostenta um título de campeã mundial (1994), uma medalha de ouro no Pan de Havana e uma prata nos Jogos de Atlanta, em 1996

Em tupi guarani, Potirendaba significa “cesto das flores”. Não poderia ser mais sintomático que a principal filha oriunda de suas terras, localizadas no noroeste paulista, tenha sido batizada em referência a uma delas e evoluído a ponto de conquistar ao título de rainha do esporte brasileiro.

Hortência Marcari completa nesta segunda-feira 60 anos de idade com um currículo repleto de conquistas. Maior cestinha da seleção brasileira feminina de basquete, com 3.160 pontos, ela ostenta um título de campeã mundial (1994), uma medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos (Havana, em 1991) e uma prata – que vale ouro, sobretudo depois de ter voltado ao esporte depois de dar à luz – em Jogos Olímpicos (Atlanta, em 1996).

Já seria impressionante por si só, mas Hortência foi além. Vestiu a camisa da equipe nacional dos 16 aos 36 anos, anotou inacreditáveis 121 pontos por Sorocaba em uma partida dos Jogos Regionais, em 1991, e teve ao longo da carreira mais de 25 pontos em média.

Com tantos predicados em números, não à toa recebeu as honrarias mais distintas. Em 2002, entrou para o Hall da Fama do basquete feminino. Três anos mais tarde, ingressou no Hall da Fama do basquete (geral), onde está imortalizada ao lado de Oscar e Michael Jordan. Em uma das maiores homenagens, foi escalada como penúltima condutora da tocha olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, em 2016.

Há um ano, em 2018, uma nova honra. Em eleição da Federação Internacional de Basquete (FIBA), aberta ao público, Hortência foi eleita a melhor jogadora da história em Mundiais da categoria. Ela foi eleita com 85% dos votos e concorreu ao lado de outras lendas, como a australiana Lauren Jackson, a segunda mais votada. Além de Jackson, Hortência teve como concorrentes estrelas da WNBA como as norte-americanas Diana Taurasi, Lisa Leslie, Maya Moore e Sue Bird; a australiana Penny Taylor, a tcheca Hana Horakova e a russa Elena Baranova.
Neste ano, também entrou para o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil, em comemoração ao Dia Olímpico, em junho. Em agosto, virou selo em campanha dos Correios, na segunda emissão da série Mulheres Brasileiras que Fizeram História.
Hortência tinha como marca o arremesso certeiro, de dentro ou fora do garrafão. E também aquela respirada intensa antes de cobrar um lance livre. O trejeito tornou-se emblemático e ajudou a colocar a cestinha no imaginário coletivo do esporte brasileiro, ao lado de Ayrton Senna, Oscar e astros do futebol.

A carreira da Rainha

Clubes
São Caetano Esporte Clube
Associação Prudentina de Esportes Atléticos (Presidente Prudente)
Clube Atlético Minercal (Sorocaba)
Clube Atlético Constecca (Sorocaba)
Leite Moça/Atlético Sorocaba (Sorocaba)
Associação Atlética Ponte Preta
Catanduva

Títulos pela seleção
Campeã sul-americana (1978, 1986 e 1989)
Bronze nos Jogos Pan-Americanos de Caracas (1983)
Prata nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (1987)
Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana (1991)
Campeã do Mundial da Austrália (1994)
Prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996)

Por GloboEsporte.com

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