Escola estadual Isaac Schraiber “esqueceram de mim”

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Mais uma escola estadual com fisionomia de abandono no Parque São Rafael, distrito de São Mateus, na cidade de São Paulo. Bastavam as fotos pra que mais um vexame do atual governo fosse demonstrado, entretanto ouvimos Miguel Arcanjo, liderança local para explicações que diante das fotos nem se fazia necessário.
Segundo a liderança, o que foi um dia a casa do caseiro do equipamento, está abandonada há tempos e ultimamente o seu uso mais regular é para refúgio de desocupados e usuários de drogas que encontram no espaço um lugar seguro onde ninguém vai incomodar. Entre entradas e saídas a casa se deteriora e não tem como hospedar ninguém.
Mas não é só o que está deteriorado na Escola Estadual Isaac Schraiber, na Rua Álvaro do Prado, Parque São Rafel. Quadras de esportes com livre acesso para quem quiser se chegar e sem manutenção fazem coro com paredes pichadas, mato crescido, entulhos em algumas partes que compõe uma cena fazendo a escola mais parecer um prédio do sistema prisional deficitário que temos.
Segundo Miguel Arcanjo já houve ocorrência de estupro no local e a insegurança faz parte da rotina da escola. Ainda segundo a liderança, a direção da escola tem mostrado que faz pedidos documentados a Diretoria Regional de Ensino, responsável pelo equipamento, mas se sucesso aparente até agora.
Enquanto isso alunos, funcionários, familiares de alunos que precisam ir à escola e a depender do horário arriscam tombos em acesso que mais parece uma picada. Miguel diz que, também, tem feito pedidos a Prefeitura Regional para que apliquem borra de asfalto para facilitar o acesso de pedestres e de veículos à escola, tendo se prontificado, inclusive, a entrar com a mão de obra para aplicação da borra. Nada ainda.
Outro fator que tem gerado insegurança é a falta de iluminação pública adequada na escola, no acesso a escola e no entorno. As pessoas que lecionam ou estudam até às 22h30 transitam pelo escuro.
Revitalização do Cipoaba que não sai
A liderança também lembrou a reportagem sobre a proposta de revitalização do Córrego Cipoaba, também pauta do jornal anos atrás, que até agora não saiu do papel. Trata-se de uma demanda de 2004 quando a população organizada e lideranças pediam a instalação de um parque linear.
Segundo Miguel Arcanjo, naquela ocasião ou pouco depois soube que estava definido o aporte de R$ 60 Mil para o projeto por conta de uma compensação ambiental por parte de uma determinada empresa. “Não temos informações para onde foi esse recurso”, conclui indignado.

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