O SUS é maior conquista do povo

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No dia 17 de maio, o SUS (Sistema Único de Saúde) completou 34 anos. Criado em maio de 1988, na Assembleia Nacional Constituinte, o SUS é considerado uma das maiores conquistas sociais do povo brasileiro.

A data reserva motivo para comemoração, mas todos temos que estar cientes de que há necessidade de muita luta e resistência para garantir nossos direitos, em tempos de tantos retrocessos.

O SUS com caráter universal e de acesso a todos, todes e todas é orgulho do Brasil. Poucos países têm um sistema desse porte e com serviços gratuitos.

No combate à pandemia da Covid-19, apesar dos boicotes do governo federal negacionista, mostrou sua capacidade e importância estratégica para mitigar os efeitos da doença.

Seus profissionais arriscaram suas vidas para salvar vidas. O SUS salvou e salva vidas. E ele pertence a todos brasileiros.

Para quem não se atentou é o SUS o responsável pela vacinação em massa dos brasileiros e que erradicou do País muitas moléstias. É também o SUS quem organiza a fila e realiza os transplantes de órgãos em casos de alta complexidade, por exemplo.

A despeito de sua importância para a saúde pública, o SUS vem sofrendo constantes ataques com tentativas de terceirizar os seus serviços e entregá-lo por completo para os interesses empresariais.
Concebido para ser financiado pelos três entes da federação (federal, estadual e municipal), o governo Bolsonaro reduziu no ano passado para 15% de 27% (governo Dilma em 2017) sua participação no SUS.

Nesta semana, veio à tona na imprensa documento de um plano elaborado pelos militares para ficar no poder até 2035 e pelo qual pretendem colocar fim a gratuidade e fazer cobranças dos atendimentos no SUS.

Apesar desses ataques e de problemas pontuais, o SUS foi apontado pelos paulistanos como o melhor serviço público da cidade, seguido pelo Poupatempo e pelo metrô.
A hora não é só de reconhecimento, mas de mobilizações populares contra esses ataques. Afinal, o SUS é patrimônio do povo brasileiro.

Juliana Cardoso é vereadora (PT), vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo e integrante da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança

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